Crescimento irá dobrar para indústria de fundição
Oferta de minérios favorece atividade no País
Segundo o presidente da Abifa, Afonso Gonzaga, o Brasil tem um grande potencial, principalmente por deter praticamente todos os minérios usados na fundição. "O que precisamos é mais investimentos em tecnologia e inovação", projeta.
Em paralelo ao avanço tecnológico, o setor terá de investir no quadro de funcionários. De acordo com o presidente da Abifa, várias funções hoje realizadas manualmente, como moldagem e acabamento, serão automatizadas, levando à necessidade de colaboradores mais escolarizados e qualificados. A atividade já chegou a empregar perto de 68 mil pessoas em 2011, número que caiu para 50 mil em 2016 e, no ano passado, fechou em 56 mil.
Outra questão crucial é o movimento de redução de peso dos veículos, que exige investimentos em novas ligas. "Isto já está ocorrendo. No passado, o bloco de motor pesava 300 quilos; hoje, 150. Mas a principal dúvida é sobre os impactos do carro elétrico nas fundições", alertou.
Acredita, no entanto, que a consolidação deste modelo só ocorrerá entre 2045 e 2050. Até lá, segundo ele, será preciso resolver questões como o que fazer com os combustíveis atuais, como gasolina e diesel, e a oferta de energia para recarga de baterias. "Creio que o problema da bateria está resolvido com o uso do grafeno e a maior resistência do aço com o nióbio. O Brasil tem muito a ganhar com isto, pois detém as maiores reservas mundiais destes minérios", destacou.
Fonte: Jornal do Comercio e ABIFA